terça-feira, 29 de janeiro de 2013

SOMOS INSTRUMENTOS DE DEUS


Jesus de Nazaré, Sinal visível do Amor de Deus foi e continua sendo pela força do Espírito Santo que age nos homens e mulheres de boa vontade, as mãos consoladoras de Deus para o povo sofredor.
E nós cristãos, a partir do momento que nos entregamos e nos abandonamos em Deus, que nos colocamos à sua disposição nos trabalhos pastorais da Igreja, deixando-nos que Ele mesmo nos guie e nos orienta na nossa caminhada, na nossa missão, Ele faz de nós instrumentos de seu amor, de sua misericórdia, de sua justiça, de sua paz, Ele faz de nós um instrumento de seu Reino.
E como instrumentos de Deus, que visitou, consolou e libertou seu povo, a cada visita que fazemos, seja a um enfermo, a um lar de idosos, a um presídio, a um orfanato, a uma família etc; ela deve ser feita de tal modo que a pessoa visitada, pela nossa simples e humilde visita sinta o amor, o conforto, a alegria, a presença, a graça de Deus em sua vida e não o cansaço, o incômodo de nossa presença.
Visitar não é algo tão simples quanto parece ser, exige de nós gratuidade, competência, disposição, maturidade afetiva, equilíbrio emocional, como também desinteresse pessoal, e, a nossa motivação deve ser o amor por nosso Senhor Jesus Cristo, o Bom Pastor, fundamento de toda ação pastoral da Igreja e não os nossos interesses particulares.
Visitar é saber respeitar a liberdade, a religião, as idéias, as opiniões, os valores e os sentimentos da pessoa visitada, é saber que somos instrumentos de Deus num encontro humano que se manifesta em palavras, gestos, símbolos e abraços, favorecendo um crescimento humano e espiritual para quem faz a visita e para quem recebe a visita.
Como instrumentos de Deus, é preciso que no visitar tenhamos habilidade de acolher, escutar e responder, para não causar nenhum mal-estar na pessoa que recebe a visita e sim tornar a visita eficaz “com gosto de quero mais”.
No encontro humano, na arte de visitar é preciso sair de nós mesmos e ir ao encontro do outro por inteiro, de corpo, alma e espírito, para escutarmos e observar e não deixar que os obstáculos ou preconceitos nos atrapalhem. Às vezes nossas visitas, de tanta ansiedade de querer dar uma solução imediata para o problema ou situação da pessoa visitada, falamos tanta besteira, tanta “abobrinha”, que às vezes não favorecemos um clima de confiança e sim causamos frustração e antipatia nas pessoas.
Enfim, visitar não é tão simples quanto parece ser. Cada pessoa é singular, cada situação é uma situação, cada caso é um caso. Como instrumentos do AMOR que visitou e libertou o seu povo, na arte de visitar é preciso tomar o devido cuidado para não levarmos tristeza e sofrimento ao invés de amor, esperança, conforto e alegria.
Que tenhamos o discernimento de saber o que não se deve dizer ou fazer em uma visita e saber que o mais importante é ser presença viva do amor de Deus para a pessoa ou para a família visitada e ter a sensibilidade de saber que quem sofre também nos evangeliza, conforta e ajuda. 
Que nossas visitas sejam de fato um encontro humanizador onde as pessoas possam saber que estamos ao lado delas para caminharmos juntos, amparados pela graça e misericórdia de Deus; e que possamos levar a alegria e a paz para o coração das pessoas.






Pe. Breno Antônio dos Santos



Um comentário:

  1. Ques palavras mais verdadeiras dita neste comentário!Parabéns pela publicação!

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